Com FIOL, Brasil promove mais conexão e desenvolvimento sobre trilhos
Uma nova frente de trabalho e desenvolvimento surge no Sul da Bahia. Pelos próximos três anos, a região entre Ilhéus e Aiquara deve atrair cerca de 1,2 mil brasileiros que atuarão na liberação da área, fixação de trilhos e início da operação do trecho 1F do lote 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Com 127 quilômetros de extensão, o novo segmento beneficiará diretamente os habitantes de sete municípios baianos, além de Ilhéus e Aiquara, os trilhos do lote 1F atravessam Uruçuca, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá e Aurelino Leal.
Os trabalhos foram abertos na manhã desta segunda-feira (3), durante solenidade em Ilhéus, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; os ministros dos Transportes, Renan Filho, e da Casa Civil, Rui Costa; além do governador do estado, Jerônimo Rodrigues; e o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro. Outras autoridades e representantes do setor ferroviário.
Dividida em cinco lotes, a Fiol 1 já conta com dois lotes concluídos e os demais possuem previsão de entrega para 2026. Quando pronta, ela terá 537 quilômetros de extensão e atravessará 19 municípios, de Ilhéus a Caetité, tornando-se um importante corredor logístico com capacidade para movimentar até 60 milhões de toneladas de carga por ano. “A Fiol ainda vai cortar o Brasil de Leste a Oeste, de Ilhéus até Água Boa, no Mato Grosso, passando por Caetité e Barreiras [na Bahia], e por Mara Rosa, em Goiás. Essa ferrovia vai inserir a Bahia na estratégia do desenvolvimento do Brasil”, afirmou Renan Filho.
Transportando riquezas
Com duração de 36 meses, as obras no trecho 1F contarão com investimentos de R$ 1,1 bilhão da Bahia Ferrovias S.A. (Bafer), subconcessão da Bahia Mineração Ltda. (Bamin), que assumiu a concessão – e as obras – da Fiol 1 por 35 anos, após leilão realizado pelo Governo Federal em 2021. No total, o investimento previsto na consolidação da ferrovia soma R$ 5,41 bilhões (Capex) e mais R$ 13,37 bilhões em custos operacionais (Opex).
A estrada de ferro será fundamental ao escoamento para o mercado externo do minério de ferro produzido no Sul da Bahia, por meio do futuro Porto de Ilhéus, bem como para o transporte de grãos do oeste baiano para o porto, em direito de passagem. Outras cargas que devem passar pelo corredor logístico incluem alimentos processados, cimento, combustíveis, soja em grão, farelo de soja, manufaturados, petroquímicos e outros minerais.
Futuro
O Ministério dos Transportes trabalha em projetos para a concessão de outros dois trechos da Fiol: a Fiol 2, entre Caetité (BA) e Barreiras (BA), com obras em andamento; e a Fiol 3, de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO). Quando esses três corredores forem concluídos, a estrada de ferro somará 1.527 quilômetros de trilhos no total, conectando o futuro Porto de Ilhéus a Figueirópolis, onde fará a conexão com a Ferrovia Norte-Sul e o restante do país. A projeção é que, ao entrar em plena operação, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste promova uma redução de 86% na emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.